terça-feira, 23 de setembro de 2008

Jambolada e reboladas


 

No último dia 13 estivemos em Uberlândia para tocar no famoso Jambolada. Há tempos paquerávamos este festival e finalmente rolou. Que seria legal não tínhamos dúvida, já que o estado de Minas tem sido um dos que mais tem demonstrado interesse em nosso som. Recebemos muitos emails e scraps de pessoas de várias partes desse maravilhoso estado.

Fomos no ônibus com a banda e produção da Mallu Magalhâes. Achamos que ela iria e pensamos inclusive na hipótese de fazer uma versão pesada do hit dela, Tchubaruba, e chamá-la para cantar, lógico. Mas acabaram com nossos sonhos pueris não deixando a menina viajar com a gente. Acho que ficaram com medo de uma possível má influência. Ai volta o velho papo do nome da banda evocar certos sentimentos nas pessoas. Será? Hehe...ahh se eles soubessem...

Rolou uma jamzinha básica no ônibus e foram entoados por todos muitos Zés Ramalhos, Geraldos Azevedos, Badens Powels e ícones bregas prestigiaram a noite na estrada também. Teve Rosana, Reginaldo Rossi, Nelsinho Rodrigues... . Rock mesmo só teve umas 2 dos Beatles. Deixa o rock pro palco então.

Viagem de ônibus nunca é boa e saímos dele direto para o hotel. Saímos de madrugada de SP e chegamos lá 09 horas. Dormimos a tarde inteira para estar tinindo pro show logo mais. Não teve passagem de som o que não é nunca bom, mas fazer o quê? Dormir.

Devidamente aprumados e perfumosos deixamos o hotel e rumamos para o local do show que era muito bacana, com área aberta que acho fundamental em longos festivais. Não tinha camarins, a não ser o de Mallu e Ratos de Porão, e o povo ficava ali pelo backstage se roçando, revendo velhos conhecidos e conhecendo outros tantos. Tava um clima bom ali atrás.

Tocamos logo depois do Porcas Borboletas ,que particularmente eu adoro, e para um público bastante receptivo. Pena que por causa do atraso de 1 hora no festival tivemos nosso set mutilado e foi um show bem curtinho. Quando passamos da fase "Que banda é essa?" para a "Oba, gostei, vou agitar" tivemos que dar fim à diversão. Mas foi demais ver as rodas de pogo se formando na frente e os pedidos de "mais uma!" rolarem no final. Atrás do palco, o pessoal do Enne esteve dando uma mega força, especial o Cacau que deu uma de roadie e os Bongs, Kayapy e Ynayã que foram uns fofos como sempre. Estavam na direção dos dois palcos.

O Jambolada propõe misturar bandas de estilos bem diferentes, tanto que no folder estava estampado um liquidificador. Conceito de festival sensacional e que o público de lá parece entender tranquilamente. Ponto super positivo pra produção.

Falamos com bastante gente depois do show e não deu pra ficar pra o Ratos, já que tivemos que voltar logo para o hotel para pegar nossas coisas e voltar para a cidade cinza.

A cidade que hoje por sinal está gelada. Foi só os meninos (Edinho e Ivan) irem para Belém que o frio se instalou aqui. Rolou o festival Se Rasgum por lá e a coisa ferveu. Ivan tocou domingo com o Johny Rockstar e soube que quebraram tudo. Veja no BelRock.

Rola a Expomusic a partir do dia 24 no Expo Center Norte e estaremos lá nos estandes da Equipo e Florence. Apareçam.


 

Beijo


 


 


 

Tour , coisas de satã e o pogo do Senhor.


 

"Quer tocar? Ahhh rapá... Então te joga!"

Achei que iria cansar de falar isso, mas que nada, repito como um mantra sempre que me deparo com as cagadas de percurso da vida de uma banda de rock . E são várias vezes que ao invés de "ohmm..." estou no: "Vai mana, é isso... te joga, te joga..."


 

Pois bem, mês passado a gente se jogou na estrada e foram quase duas semanas arqueando as costas e ficando com os pés de bola dentro de uma van fazendo a Tour Groovin Madame Saatan. Estivemos em :Montes Claros(BH), Salvador(BA), Maceió(AL), Aracajú(SE), Caruarú(PE), Recife(PE), Fortaleza(CE), João Pessoa(PB).


 

Queria ter podido atualizar o blog da estrada, mas mal ficávamos nas cidades. Logo partíamos em direção à próxima, mas enfim. Estou aqui resumindo esse tantão de coisa que rolou.


 

Montes Claros foi demais. Aliás, o público mineiro parece ser um dos mais receptivos do Brasil e foi com pé direito que começou a tour. Casa lotada e povo do jeito que a gente gosta: Tocando o terror em frente ao palco. Destaque para a banda local Vomer, comandando seu thrash brutal e fazendo a nossa e a alegria dos camisas pretas de plantão. A produção foi um amor com a gente e demoramos horrores para sair do local por causa dos bate papos.


 

Salvador tocamos junto com a banda Lou e ai fica a dica para escutarem essa banda com mulheres na linha de frente. A vocal Dani canta muito e as meninas todas um arraso. Agradeço logo a Carol e Jera que nos acolheram em seu charmoso apartamento e onde pude me arrumar em tempo recorde para o show. (Detalhe: Estou sempre pronta antes dos meninos, acreditem). Ah, Encontrei pessoas queridas que só conhecia através do Orkut e fica aqui um beijo a elas que sabem quem são.:) Dimitri , produtor do Cascadura quase me provoca um troço quando apareceu lá para dar um alô já que achei que era o próprio Fábio Cascadura. Separados no nascimento.:) Claudio foi outro "bródi" que chegou junto e já parecemos velhos conhecidos. Povo baiano é todo simpático.


 

A chuva impiedosa em Maceió cancelou nosso show infelizmente e afogamos as mágoas comendo peixe. Teve a forra da gente também ter parado na paradisíaca praia de Maragogi e por instantes achei que era a Brook Shields no filme Lago Azul.


 

Problemas da produção cancelaram nosso show em Aracajú e novamente afogamos as mágoas tomando caldinho de marisco. (Aproveitamos já que este maravilhoso alimento quase não faz parte de nossa dieta em SP). Eu moraria lá fácil.


 

Em Caruarú só Ivan deu seu show já que não havia show marcado lá. Em quase todas essas cidades houveram workshops ministrados por nosso intrépido baterista que demonstrava todo seu vigor técnico, o seu "maculêlê", demonstrando ritmos amazônicos e tirando dúvidas sobre as marcas dos equipamentos que estão nos endorsando agora. (Stagg, Groovin, ESP, Samson). Rolaram muitas jams legais por aí.


 

Fortaleza foi outra que superou nossas expectativas. Chegamos na cidade um dia antes da Feira da Música e claro que fomos a la praia! Praia do Futuro que beleza... Solzin, camarãozin, cervejim, bate papo com a comadre Joyce. Quase choramos ao vê-la e os bombons de cupuaçu. Obrigada pelos presentes J.!


 


 

No outro dia, hora do show. E foi muito bom. Som nota 10, bastante gente e uma inacreditável pequena multidão de crianças enlouquecidas gritando e pogando na frente do palco. hehe. Sensacional isso! A Xuxa deve sentir uma liga semelhante, eu acho. O detalhe bizarro foi que no final do show aquela multidão de crianças foi até o backstage para fotos e tudo mais e em meio a algazarra eis que surge um homem que começa a proferir insultos e ameaçou me bater dizendo que eu estava ali "endemoniando" as pessoas e principalmente as crianças. Chegou polícia, armou-se uma confusão e tive que sair dali, infelizmente.


 

Engraçado essa coisa do nome da banda provocar reações das mais diversas nas pessoas. Não foi incomum passar com a van toda adesivada pelos interiores do Brasil e ver gente fazendo o sinal da cruz e outras também fazendo o eterno chifrinho com as mãos. Em uma ocasião tivemos que passar a noite em um hotel de beira de estrada, isso já na volta pra SP, e fomos muito bem acolhidos pela dona que era evangélica made in Assembléia de Deus e que depois nos disse que ali também era um motel. Eu adoro esses paradoxos.


 

Em João Pessoa deu para perceber que a vida parece ser muita boa realmente, mesmo com o pouco tempo que ficamos lá. Tocamos no final de um concurso de bandas e para pouquíssima gente, mas que estava animada pra diabo (ops), ainda.


 

Fim de tour e começo de uma longa jornada de volta pra casa. Nós e nosso amigo Robervaldo, o motorista figuraça e mais gente boa que já cruzamos nessa vida doida, nos trouxe sãos e salvos e ainda salvou nossa alma por mais uns meses nos levando à sua igreja uma semana depois. É gente, fomos a igreja para ver a apresentação da banda "Filhos do Homem" e foi louco demais. Existe o pogo do senhor!

Ficamos passados e prometemos voltar para entender que liga era aquela.


 

Antes de sair nessa tour tivemos a honra de comparecer em um café especial preparado pela bela ruiva do Urbanaque, Mariangêla Carvalho, que quase nos mata com tantas delícias. Dona Benta teria inveja dela. Mari, obrigada por nos proporcionar esse momento e em breve será nossa vez de retribuir.


 

Vou aloprar dessa vez e emendar outro post. Jambolada na próxima pauta.


 


 

Agradecimentos especiais :

Equipo

http://www.equipo.com.br/expomusic/


 

Florence Music

http://www.florencemusic.com.br/br/


 

* Luan Carley e site Underpendente

http://www.underpendente.blogspot.com


 

*Patrick Torquato e Rádio Aperipê (SE)

http://www.aperipe.se.gov.br


 

* Coletivo Retomada de Montes Claros

http://retomadamoc.blogspot.com/


 


 

beijos